quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Silêncio aparente

Agosto 2008

domingo, 29 de junho de 2008

(Un)Focused






Algarve (14 Junho 2008)












A vida é repleta de momentos escondidos atrás de algo, locais que mal vemos, pessoas desfocadas pela nossa lente de observação.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche


Berlim (Agosto, 2005)









Berlim é uma cidade de contrastes, tanto estéticos como Históricos. Vive ainda na sombra da vergonha pelo mal que o seu país causou ao mundo, reconstrói-se, aos poucos, da destruição causada não só pela 2ª Guerra Mundial, mas também pela, não tão distante, divisão da Alemanha.

Ao passear pelas ruas da cidade, compreendemos como, mesmo passados 18 anos, a queda do Muro é ainda tão próxima, com sequelas ainda muito vincadas numa cidade composta por duas partes a (re)habituarem-se a ser uma. As homenagens e recordações a esses tempos encontram-se em todas as ruas da cidade, com audaciosos museus, que nos transpõem para aqueles tempos, nos fazem mergulhar em sentimentos de perda, nostalgia, desespero e dor. Experiências únicas, edifícios que combinam o poder da arquitectura, das tecnologias ou, simplesmente, de documentos amarelecidos com o tempo, para fazer chegar a nós os realidades que esperamos nunca sentir!!

Deambulando pela cidade, tentamos reconstruir na nossa imaginação as suas formas na década de 80, seguimos a linha que maraca a anterior localização do muro, e quase que o sentimos ao estender o braço, quase que não vemos o outro lado da rua através duma parede de grafittis imaginada. Exemplo disso é a Igreja da cidade. Num estilo muito moderno, dificilmente identificamos o edifício como se tratando de uma igreja. As suas paredes de vitrais azuis escuro, o seu formato cilíndrico, em tudo se assemelham a um prédio alto e inovador de qualquer cidade moderna, sem qualquer artefacto religioso que denuncie a sua real identidade. A seu lado, encontramos os destroços daquilo que foi, em tempos, uma bela igreja, de paredes altas e austeras, torres pontiagudas, a relembrar os contos de fadas. Em tempos chamada de Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirchem (qualquer coisa como Igreja em Memória do Imperador William), e destruída por um bombardeamento dos Aliados, em Novembro de 1943, mesmo à luz do dia, as suas ruínas impõem um respeito inexplicável, tornando-se aterradoras quando escondidas nas sombras da noite. Sustemos a respiração quando a encaramos, como que a medo de despertar os espíritos aí refugiados, de incomodar memórias que em nada ganhariamos ao despertar...


Actualmente Berlim constituiu um dos pólos centrais de cultura Europeus, igualando-se a Barcelona ou Paris como cidade cosmopolita. Só compreendemos o porquê quando a visitamos, quando entramos nos milhares de museus, passeamos nas ruas repletas de pessoas, a qualquer hora do dia, pessoas de nacionalidades, idades e etnias dispares, quando entramos em lojas de alta-costura, e mercados de agricultura biológica... só compreendemos a grandiciosidade da capital alemã, ao respira-la por breves instantes, momento em que somos invadidos pela ânsia de não a deixar até desvendar os seus mais ínfimos segredos.


sábado, 3 de maio de 2008

Porquê ir mais longe?





Ursa, Cabo da Roca (Abril, 2008)
















Por vezes deixo o pensamento vaguear por entre sítios desconhecidos, culturas e lugares por desvendar.

Mas há sempre aqueles momentos indesvendáveis que nos mostram que não é preciso ir muito longe... é
cliché, sem dúvida, mas por vezes a 30 minutos de distância está um local igualmente inigualável, quando nos permitimos procurar!

domingo, 13 de abril de 2008

Porque nunca é demais...

Começo por confessar a minha...chamemos-lhe “fascinação” por todos os acontecimentos pré, durante e pós Segunda Guerra Mundial. Desde que me lembro procuro compreender melhor os aspectos que conduziram ao período mais negro da História da Humanidade. Não que não tenham existido guerras mais sangrentas, mas porque nesta tudo foi feito, e aceite, como normal, quando a civilização já deveria ter atingindo um patamar de realização dos direitos e igualdade dos outros, que me questiono se mesmo actualmente já terá atingido.



ter atingindo um patamar de realização dos direitos e igualdade dos outros, que me questiono se mesmo actualmente já terá atingido.





























Daí, mais uma vez, surgirem fotografias deste local. Muitos são os países, por toda a Europa, que guardam bem presentes as lembranças desse período tão distante mas, ao mesmo tempo, demasiado recente, e eu tive a sorte de visitar dois dos principais na mesma viagem. Por mais que tente é impossível encontrar imagens que retratem a dor que se sente ao entrar em Auschwitz, a vergonha simplesmente de ser da espécie Humana. Porque no fundo não interessa muito o povo que sofreu, e a nacionalidade dos agressores (até porque, embora apontemos sempre
o dedo aos Alemães, convém não esquecer que Hitler nem sequer era de nacionalidade Alemã), penso que o realmente importante é relembrar os actos selvagens que Homens cometeram contra seres da sua espécie. Cada passo dado nos corredores de Auschwitz entristecem-nos um pouco mais, a cada segundo que passa o peso da realidade ali resguardada da vida simples que actualmente levamos, pesa em toda a sua inevitabilidade. Encontramos fotografias de tantos daqueles que ali morreram, e assusta fazer as contas da idade que tinham e o tempo que resistiram. São salas infindáveis de pertences roubados, malas feitas na ilusão de uma solução, e não do fim... E é quando num vídeo aparece um dos sobreviventes libertados em Janeiro de 1945, um senhor pequeno e esquelético, com aparentes 70 anos, e este, de sorriso genuíno no rosto, diz ter 41, que toda a ficção e romance amento do que foi o Holocausto, cai por terra, as lágrimas cai, e aquela imagem, o sorriso dum homem tão frágil, jamais nos abandona...

Auschwitz, Polónia (Agosto 2005)




Middle of Nowhere, Turquia (Agosto, 2000)





Paisagem vazia, onde se vislumbra apenas o céu dum límpido azul, em claro contraste com os vales e planícies arenosas, com escassa vegetação... O silêncio é total, ecoa no ar apenas o som quente do nada, dum local que parece não existir.

Um dos (raros) locais no mundo onde a civilização (praticamente) não chegou. Seguimos por caminhos que constam nos mapas, orientados para onde queremos chegar, focando apenas o objectivo final, e esquecendo, muitas vezes, de simplesmente aproveitar a vista. Num instante tudo corre mal, cortamos no sítio errado e damos connosco num local assim, perdidos onde nada existe, sozinhos. É estonteante a serenidade que a solidão nos transmite, observando apenas a paisagem em nosso redor, sem preocupação, sem a obrigação de dizer algo, simplesmente inspirando todos os pequenos detalhes daquele momento.

Mas há uma altura em que temos que regressar, deixar este mundo idealizado e, provavelmente, irreal, e regressar ao caminho que seguíamos, porque até num deserto assim, há sempre uma estrada que serpenteia os vales e nos conduz onde queremos chegar.

terça-feira, 18 de março de 2008

"how important it is in life not necessarily to be strong... but to feel strong. "

Torre degli Asinelli, Bolonha, Itália (Agosto, 2007)


Ao encarar esta imagem pelo ângulo em que foi tirada, facilmente se percepciona um espaço propenso a dolorosas quedas, um buraco oco e perigoso. No entanto, considerando as pessoas que sobem a interminável escadaria, pode-se encarar como uma subida, e não uma descida.

Tudo reside no ponto de vista adoptado, na forma como se encara e percepciona o que os olhos vêm. Tanto pode ser um vazio assustador, que provavelmente vai causar MUITOS danos, como uma subida a desvendar, algo novo, uma oportunidade. Só uma coisa é certa, há sempre uma janela com luz a (re) estabelecer algum equilíbrio…



domingo, 16 de março de 2008

Mercado de Cores e Cheiros

Bazaar Egípcio, Istambul (Agosto, 2002)


A Turquia é sem dúvida um mundo diferente, com costumes, cultura e arquitectura diversas daquelas a que estamos habituados. Contudo, à parte das mesquitas, das horas sagradas de adoração, das vestes e costumes singulares, o momento em que se sente mais o peso de todas as diferenças entre a Europa e um mundo marcadamente árabe, é quando nos atrevemos a transpor a porta de entrada de qualquer bazaar (os locais mercados) turco. É uma experiência única, que reflecte no seu todo as especificidades duma cultura tão própria.

Se é verdade que, num primeiro impacto, nos sentimos reticentes, assustados com os milhares de pessoas, o bafo quente, que reflecte fraca higiene!, e os gritos que ecoam nos arcos, típicos dos recintos destes bazaars, após alguns, amedrontados, passos, somo invadidos por uma atmosfera desarmante.


No caso específico deste bazaar, conhecido como o Spice Bazaar, os cheiros intensos das milhares de especiarias, chás e temperos transportam-nos para um mundo de experiências sensoriais até então desconhecidas. Não é apenas o olfacto a ser estimulado, as cores garridas de todos os pozinhos fazem os olhos sonhar, cada passo, olhar, ou cheiro, é recheado de uma pitada de novidade. Caso a ideia não seja comprar nada, aconselho a nem sequer parar, pois uma breve passagem pelos inúmeros corredores é suficientemente única. Mas, para os mais ousados, que se sintam com coragem para enfrentar o interminável recital de pedidos, explicações e imposições típicas de qualquer comerciante turco, garanto que o sabor, o cheiro, e as pequenas experiências, inocentemente guardados em pequenos saquinhos de plástico, e que, deste modo, se poderão desfrutar no regresso a casa, será um momento mais que compensatório!


terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

There's no place like HOME!








Londres (Outubro, 2005)



Não há nada como viajar, conhecer novas paisagens, culturas, respirar desconhecidos aromas e sentir ventos desconhecidos. É a experiência que faz de nós aquilo que somos, que, sem dúvida, sustenta e dá forma, enquanto humanos, ao nosso "eu". É imprescindível, deste modo, experienciar novos locais, culturas, ideias...Novas realidades!

Contudo, por mais sítios que se visite, mais voltas que se dê neste planeta, diferentes pessoas que se conheça, ou tempo que se passe longe... Acabamos sempre por concluir: There's no place like home!. E o melhor, aquilo que nos faz sorrir orgulhosamente sozinhos, fazer figuras no meio da rua face a perfeitos desconhecidos, é quando, nessas experiências, nos deparamos com um qualquer insignificante pormenor que guarda em si o poder de nos transportar novamente, mesmo que por por breves instantes, de volta a casa, e nos permite compreender, pelo menos, a base que nos deu origem.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

23

Rockefeller Center, New York City (Agosto, 2007)



We were young, we had it all, all our lives in front of us. So many promises and opportunities yet unleashed, just never realizing how soon it could all end.


domingo, 20 de janeiro de 2008

A Força do Homem




5ª Avenida, New York (Agosto, 2007)













Quantas vezes já nos sentimos como pequenos seres débeis, frustradamente a tentar encontrar forma de continuar esta odisseia, sustendo o peso do mundo nas nossas costas? Quantos momentos já nos prostramos, aniquilados por tamanho fardo, hesitando se tudo isto valerá realmente a pena? Não é de facto fácil esta forma de existência, por vezes sentimos que o peso do mundo nas nossas costas é demasiado. No entanto, há sempre aquele instante no qual, por qualquer que seja a razão, das mais insignificante ao acontecimento mais marcante, nos sentimos como Deuses, musculados, esbeltos e audazes, capazes de aguentar tudo o que cruzar o nosso caminho.


sábado, 12 de janeiro de 2008

Uma ilha que nos deixa sonhar

Capri, Itália (Agosto, 2006)


A chegada a Capri, estonteados pela viagem de barco, é um momento que assalta o mais íntimo de cada um de nós. O sol atinge os visitantes atrás das colinas que formam a ilha, reflectindo-se na água límpida e transparente, cegando, como que por castigo pela ousadia de até ali chegar, quem se atreve a admirar directamente a sua beleza.

Á distância, a única coisa que se consegue decifrar é um misto de branco e verde à nossa frente, duas colinas perdidas no meio do mar, cada vez mais próximas. Os pontos brancos vão, progressiva e lentamente, tomando a forma de pequenas casas de praia, com os seus terraços no cimo, e caminhos ladrilhados à porta, cada um seguindo o rumo da enseada mais próxima. Tudo o resto em Capri é verde, das árvores, jardins floridos, ou humildes arbustos espalhados em todas as ruas.

O primeiro passo dado em Capri acompanha-nos para sempre. Não se esquece o momento em que os olhos, finalmente, encaram todos os pequenos pormenores que fazem desta ilha um dos expoentes máximos do orgulho italiano. Um chorrilho de emoções devasta-nos a alma, sentimos o choque violento que a ambiência deste local provoca numa primeira visita. Parece como se todas essas emoções nos fossem romper o peito, por ser, simplesmente, demasiada beleza para um vulgo ser Humano aguentar. Passear pelas ruelas da ilha, ao longo das duas vilas que a formam (Capri, perto da praia, e Anacapri, lá no alto do monte), por entre turistas atónitos, e reconhecendo nos outros a nossa própria perplexidade, invade-nos uma paz de espírito que há muito ansiamos, e que nenhum outro local neste planeta poderá transmitir. A simplicidade das casas contrasta com as lojas de alta-costura que as ocupam, as esplanadas recolhidas, em becos inalcançáveis, servem iguarias únicas, justificando a afluência de celebridades e realeza que assome a esta ilha desde a sua descoberta. Estes contrastes, ao invés de destoar num ambiente de simplicidade, nutrem a experiência de quem tem a oportunidade de os encarar, de uma harmonia impossível de reinventar através de simples palavras do nosso vocabulário. É algo que tem de ser vivido, sentido, um assomar duma perfeição que temos de abraçar e integrar em nós, consciencializando-nos que este local nunca nos irá deixar. Esta pequena ilha perdida na baía de Nápoles chamará sempre por nós, representará, todos os dias, o local de paz interior ao qual ansiamos regressar.

Se deixarmos Capri ao final do dia, a sua estonteante singularidade faz questão de nos relembrar do que estamos a deixar para trás. Enquanto a espuma deixada ao longo do caminho pelo barco se afasta cada vez mais do porto de Capri, a vontade de lá ter ficado dá lugar a um nó no peito, a paz sentida naquelas ruas transfere-se em nostalgia e alguma melancolia, que, penso, só nos abandonará no dia em que voltarmos a pisar o solo de Capri.


segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Bye Bye 2007!!!



A todos, os desejos de um deslumbrante 2008!

domingo, 30 de dezembro de 2007

"So high you can't see the world at your feet!"




Vesúvio, Baía de Nápoles (Agosto, 2006)































A longa escalada até ao cimo de um vulcão é uma experiência inesquecível...A cada passo dado o ar vai arrefecendo, torna-se mais pesado, o caminho torna-se mais arenoso e difícil de percorrer, o calor do corpo, devido ao esforço físico, entra em contradição com o nevoeiro gélido que nos vai envolvendo. O mundo desaparece aos poucos atrás de nós, e a respeitosa cratera vai surgindo com mais nitidez. É impressionante a diferença de temperatura sentida quando o fazemos no Verão, começamos com 40º, e ao, finalmente, atingir o destino, com os ouvidos a doer do frio e altitude, os pés martirizados pelas pedras do caminho, e a respiração, assustadoramente, acelerada, a temperatura não vai, certamente, além dos 10º.

Tudo isto resulta numa experiência intensa, muito compensadora. Ao olhar para trás vislumbra-se, somente, um denso nevoeiro que nos impede de consensualizar o mundo a nossos pés. É preciso um momento para respirar, recuperar forçar suficientes para levantar o olhar e enfrentar a enorme cratera à nossa frente, encarar essa poderosa força da Natureza, capaz de destruir uma inteira civilização.


sábado, 22 de dezembro de 2007

Arquitectura duma (não tão típica) cidade europeia





Sultanahmet Camii (Mesquita Azul), Istambul (Agosto 2002)




A passagem da Turquia asiática para a europeia deu-se num comboio nocturno, pelo que, às cinco e meia da manhã, quando coloquei o primeiro pé em Istambul, rapidamente me apercebi das diferenças entre esta cidade e, por exemplo, a capital Ankara. De facto, o titulo europeu resume-se, efectivamente, a uma fronteira escassamente corroborada pela arquitectura e a ambiência da cidade.Enquanto que em Ankara nos sentimos numa cidade da Europa, atrevo-me até a acrescentar, sem grande atractivo, Istambul é tudo o que imaginava da cultura árabe. Ruas confusas, mulheres tão cobertas que, enfrentando corajosamente os 40º que se faziam sentir, podíamos vislumbrar somente o seu rosto, mesquitas imponentes, cada qual com mais minaretes que a anterior, e bazares caóticos, com um aroma a açafrão e outras especiarias irresistíveis que nos invade os sentidos ainda a 1km de distância.
Duas mesquitas simbolizam a cidade, entre elas a Mesquita Azul, com o seu estilo Otomano representativo desse iminente Império. Transpor as portas de qualquer Mesquita é uma experiência única, repleta de pequenos rituais tão importantes para o povo que lá se desloca para rezar. primeiro tirar os sapatos (sim, é algo pouco higiénico, eu sei, mas em Roma sê... turco!!), depois ser inspeccionado por um guardião no sentido de ter a vestimenta aprovada. Se esse for o caso, basta, às senhoras, colocar um lenço (conselho, andar sempre de lenço atrás, estar descalço já é muito mau, ninguém precisa de colocar na cabeça um lenço encardido, que certamente visitou já umas 30 cabeças nesse dia!). Contudo, se, resultado dos, já mencionados, 40º de temperatura, nos tivermos atrevido a vestir algo acima do tornozelo ou do cotovelo, o mais certo será não poder usufruir da honra de realmente entrar no templo. Se em alguns casos isso não seria assim tão dramático, ir a Istambul e perder a Mesquita Azul seria como ir a Paris e não ver a Torre Eiffel. Se o seu exterior majestoso é já hipnotizante, ficamos, literalmente, estupefactos quando transpomos a porta. A nossa frente encontramos uma vasta sala, com pequenos recantos recortados em semi-círculos nos cantos, repleta de janelas. As paredes douradas e azuis brilham, reflectindo os raios de sol que se atrevem e invadir este espaço, só passado uns segundos nos apercebemos que parámos de respirar, com medo de estilhaçar esta frágil beleza inexplicável com apenas um escasso suspiro...